segunda-feira, 21 de abril de 2014

Felipe Ferrare: Mãos Sujas


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Barba, Cabelo e Bigode...

"Eis o craque do traço, Marco Antonio Monteiro, o popular MAM, prestando a sua contribuição a nossa causa! Nem precisa dizer por qual agremiação ele cerra fileiras, certo?

E saibam q. a contribuição dele vai além: MAM foi uma espécie de idealizador involuntário do Barba, cabelo e bigode, anos atrás, por conta da pergunta q. foi ao ar, no programa radiofônico roNca roNca, do Mauricio Valladares, p/ o Novo Baiano Paulinho Boca de Cantor, sobre como era conviver c/ o Nei Conceição. A partir daquele momento, a nossa pesquisa sobre o craque se intensificou.

Valeu muito, MAM!"


Lúcio Branco



Nei Conceição e Afonsinho

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Candy Apple Grey...

Candy Apple Grey é o quinto álbum de estúdio da banda Hüsker Dü, lançado em Março de 1986.
O disco atingiu o nº 140 da Billboard 200.1

Além do belo trabalho, a notícia que mais chamava a atenção era a mudança de gravadora. O Hüsker Dü era considerado a “próxima grande coisa” e iriam deixar a independente SST para abraçarem uma major. Boato ou não?

“Bem, eles nos procuraram, realmente, e nos ofereceram um contrato. É algo tentador, pois não temos nenhuma obrigação formal com a SST. As gravadoras independentes não possuem uma grande estrutura para promover seus artistas. Não que elas trabalhem pouco, pois, de fato, trabalham pesado. Porém, elas vivem à margem das grandes companhias. É apenas uma questão de ter dinheiro ou não e eu prefiro ter alguma grana sobrando do que ficar sem nenhum.”


Bob afirmava que se a mudança ocorresse seria apenas uma etapa que eles deveriam seguir e considerá-la uma evolução natural. “Nós temos muita amizade com o pessoal da SST, que fizeram um grande trabalho conosco. Eu não sei o motivo de tanta polêmica. Se mudarmos para um outro selo é porque estamos chamando mais atenção e da mesma maneira que não queremos mais compor canções thrash, já que evoluímos tecnicamente, também podemos querer mudar de casa, sem que isso nos afete musicalmente. Alguns temem que poderemos deixar nosso som mais comercial, o que é uma besteira.”

E o que muitos temiam, aconteceu: o grupo entra em 1986 gravando pela Warner e lá produzem a obra-prima: Candy Apple Grey.

O disco abre com uma paulada, “Crystal” e traz alguns dos maiores clássicos do grupo, como “Sorry Somehow” (uma das canções mais amargas já escritas sobre rompimento amoroso), “Don’t Want to Know If You Are Lonely”. A revista Sounds o chamou de Revolver, do Hüsker Dü, uma metáfora mais do que feliz. E há ainda momentos calmos, com violões, mas nada com que os fãs pudessem se descabelar e gritar “meu Deus, eles parecem o Culture Club!”, pois o grupo não faria isso consigo próprio...

E o mais importante de tudo é que o espírito permaneceu intacto. Em uma entrevista promocional, Bob explicou a diferença entre o Hüsker e os demais grupos do selo Warner. “Ao contrário dos outros grupos, nós continuamos gerenciando nossas carreiras. Nós fomos os produtores do disco, nós agendamos nossos shows, dirigimos nossa van para as apresentações e organizamos as entrevistas que daremos. É uma questão de atitude, pois achamos que devemos responder pelos nossos atos, corretos ou não. Procuramos não ter um intermediário em nossas negociações e penso que a Warner gosta de nossa maneira de trabalhar. Não ficamos aborrecendo ninguém por qualquer porcaria.”

Bob explica que essa independência foi até fácil de ser obtida. “Tudo que queremos é paz para podermos trabalhar. Eles prensam o disco, distribuem como preferirem e negociamos os outros pormenores. E nós pedimos muito pouco em troca. Tudo tem corrido bem nesse primeiro ano.”

Quando saíram da SST, concordaram em deixar com a antiga gravadora a posse dos antigos discos. “O pessoal da SST continua sendo amigo da gente. São pessoas bacanas e não houve mágoa ou ressentimento de nenhuma parte. Eles entenderam que a nossa saída foi apenas uma jogada comercial. E nossos fãs não ficaram ressentidos. A prova disso foi nosso show com o Black Flag em Nova York, onde fomos muito bem recebidos”, contou Greg Norton, que ainda revelou que mesmo mudando para a Warner não tiveram um orçamento maior para gravarem Candy Apple Grey: “o disco foi gravado antes de assinarmos com eles e demoramos um pouco mais porque Bob queria ter mais cuidado com a produção. E as canções acústicas desse disco não podem ser chamadas de novidade, pois Bob compõe ao violão. Aliás, muitas pessoas ainda achavam que o disco tinha saído pela SST, e só quando nós dissemos que estávamos na Warner, é que comentaram algo.”

  

Faixas
Lado 1

    "Crystal" – 3:28
    "Don't Want to Know If You Are Lonely" – 3:29
    "I Don't Know for Sure" – 2:27
    "Sorry Somehow" – 4:25
    "Too Far Down" – 4:37

Lado 2

    "Hardly Getting Over It" – 6:02
    "Dead Set on Destruction" - 2:59
    "Eiffel Tower High" – 2:49
    "No Promise Have I Made" – 3:39
    "All This I've Done for You" – 3:09

Créditos

    Bob Mould – Guitarra, vocal, teclados, percussão
    Grant Hart – Bateria, vocal, percussão, teclados
    Greg Norton – Baixo