Depois de três anos de trabalho árduo, finalmente chega o momento
de lançar o meu livro, Rio traço e cores. Nele eu mostro um pouco do cotidiano
da cidade do Rio de Janeiro, suas paixões, belezas e mazelas.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Revolver...
Revolver é o sétimo álbum do grupo de rock inglês The Beatles lançado em
5 de agosto de 1966, inicialmente no Reino Unido e em 8 de agosto nos
EUA. Atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso americana e
inglesa. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and
Roll Hall of Fame.
Considerado ainda mais inovador do que seu antecessor (Rubber Soul, de 1965), Revolver marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicodelismo. Passeia desde a música oriental "Love You To", aos apelos vibrantes de "Got to Get You into My Life", da solidão lúgubre de "Eleanor Rigby", ao experimentalismo psicodélico de "Tomorrow Never Knows" e o ufanismo de "Yellow Submarine". Nesta, particularmente, a chave da nova "abertura": "Vamos vivendo uma bela vida/Achamos para tudo uma saída/Céu azul, mar verde e belo/Em nosso submarino amarelo". Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década.
Faixas
Todas as músicas foram compostas por Lennon/McCartney, exceto as notadas.
Lado A
1. "Taxman" (Harrison) 2:39
2. "Eleanor Rigby" 2:07
3. "I'm Only Sleeping" 3:01
4. "Love You To" (Harrison) 3:01
5. "Here, There and Everywhere" 2:25
6. "Yellow Submarine" 2:40
7. "She Said She Said" 2:37
Lado B
N.º Título Duração
1. "Good Day Sunshine" 2:09
2. "And Your Bird Can Sing" 2:01
3. "For No One" 2:01
4. "Doctor Robert" 2:15
5. "I Want to Tell You" (Harrison) 2:29
6. "Got to Get You into My Life" 2:30
7. "Tomorrow Never Knows" 2:57
Sobre as músicas
George Harrison aumenta sua participação como compositor
Pela primeira e única vez, George consegue colocar três músicas de sua autoria em um álbum dos Beatles. "Taxman" é uma crítica aos altos impostos ingleses cobrados de pessoas com altos ganhos como os Beatles. No trecho em que George canta "Mr. Wilson" e sobre "Mr. Heath" ele refere-se especificamente a Harold Wilson (Primeiro Ministro Inglês do Partido Trabalhista) e a Edward Heath (Lìder da oposição do Partido Conservador) políticos da época. "I Want To Tell You" fala sobre a sua dificuldade em se expressar em um momento que vivia uma avalanche de pensamentos. E "Love You To", George traz mais uma vez o uso de instrumentos indianos, a tabla e a cítara e ele é o único a participar da gravação da música.
Influências das drogas
Há suposições de que músicas como "She Said, She Said", "Dr. Robert", "Got To Get You Into My Life" tenham sido escritas durante o uso de drogas.
Na música "She Said She Said", John supostamente se inspirou em sua segunda experiênica com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto") frase que Peter Fonda teria lhe dito após tomar ácido. Nela, George assume o baixo após Paul largar as gravações em decorrência de uma briga com John Lennon. Esta música, juntamente com "And Your Bird Can Sing", do mesmo álbum, constitui um dos primeiros registros do que seria conhecido posteriormente como power pop.
"Dr. Robert" fala sobre um médico que receitava anfetaminas a seus pacientes famosos. Paul reconheceria mais tarde que "Got To Get You Into My Life" falava de sua experiência com a maconha e foi feita inspirada na soul music americana com o uso de metais.
Estilo psicodélico
"Tomorrow Never Knows" uma das primeiras músicas ao estilo do emergente rock psicodélico. A música foi inspirada no livro de Timothy Leary, "O Livro Tibetano da Morte". Inicialmente se chamaria "The Void" ou "Mark I". A utilização do loop, aliado à repetição rítmica constante da bateria de Ringo, torna esta faixa como uma das ancestrais da música eletrônica no mundo.
Há ainda grandes influências psicodélicas nas músicas I'm Only Sleeping, Love You To, Doctor Robert e She Said She Said, músicas que falam sobre drogas, ou mais especificamente o LSD.
Diversidade musical
"Eleanor Rigby" é mais uma música de McCartney com arranjos orquestrados e somente com a participação de Paul (assim como foi feito em Yesterday). Iria se chamar "Miss Daisy Hawkins". Mas o nome da música foi mudado para "Eleanor Rigby", em homenagem a um túmulo que ficava perto do local onde a antiga banda de John, The Quarrymen, se apresentava. "Yellow Submarine" escrita por Paul e cantada por Ringo, tem em sua letra um tema infantil que depois seria aproveitada para dar título a um desenho animado feito pelos Beatles. Traz sons de bolhas, barulho de água e outros barulhos gravados em estúdio.
Em "And Your Bird Can Sing" os Beatles usaram solo duplo de guitarra e era uma das músicas de John que ele não gostava. Em "I'm Only Sleeping", George fez o solo de guitarra e depois tocou o som ao contrário.
Baladas clássicas
McCartney novamente escreve suas baladas. "For No One", ele escreveu para sua namorada na época (Jane Asher) e se chamaria inicialmente "What Did I Die?". E a clássica "Here, There And Everywhere" que era uma das músicas preferidas de John.
Capa do álbum
Criada pelo alemão Klaus Voormann, amigo dos Beatles desde a época em que eles foram tocar em Hamburgo. A capa traz uma ilustração feita com desenhos e colagens de fotos (feitas pelo fotográfo Robert Whitaker).
Sobre o disco
Versões inglesa e norte-americana
Como era costume à época, os discos dos Beatles eram lançados com notórias diferenças em diversas partes do mundo. O desmembramento de um álbum em vários outros, ou em álbuns e singles, sem a autorização expressa da banda, acabou por ocasionar a feitura da controvertida "capa de açougueiro" ("butch cover"), presente nas primeiras tiragens do LP norte-americano Yesterday... And Today, que nada mais era do que sobras de faixas outros discos oficiais ingleses (no caso, dos álbuns Rubber Soul, Help!, compacto We Can Work It Out/Day Tripper e do então inédito álbum Revolver).
Antecipando 3 faixas do álbum (Dr. Robert, And Your Bird Can Sing e I'm Only Sleeping), o álbum Yesterday... And Today, lançado cerca de 45 dias antes de Revolver nos Estados Unidos, fez com que estas 3 faixas fossem suprimidas da versão americana, lançada pela Capitol Records. Desta forma, o LP norte-americano, lançado em 8 de agosto de 1966
Considerado ainda mais inovador do que seu antecessor (Rubber Soul, de 1965), Revolver marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicodelismo. Passeia desde a música oriental "Love You To", aos apelos vibrantes de "Got to Get You into My Life", da solidão lúgubre de "Eleanor Rigby", ao experimentalismo psicodélico de "Tomorrow Never Knows" e o ufanismo de "Yellow Submarine". Nesta, particularmente, a chave da nova "abertura": "Vamos vivendo uma bela vida/Achamos para tudo uma saída/Céu azul, mar verde e belo/Em nosso submarino amarelo". Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década.
Faixas
Todas as músicas foram compostas por Lennon/McCartney, exceto as notadas.
Lado A
1. "Taxman" (Harrison) 2:39
2. "Eleanor Rigby" 2:07
3. "I'm Only Sleeping" 3:01
4. "Love You To" (Harrison) 3:01
5. "Here, There and Everywhere" 2:25
6. "Yellow Submarine" 2:40
7. "She Said She Said" 2:37
Lado B
N.º Título Duração
1. "Good Day Sunshine" 2:09
2. "And Your Bird Can Sing" 2:01
3. "For No One" 2:01
4. "Doctor Robert" 2:15
5. "I Want to Tell You" (Harrison) 2:29
6. "Got to Get You into My Life" 2:30
7. "Tomorrow Never Knows" 2:57
Sobre as músicas
George Harrison aumenta sua participação como compositor
Pela primeira e única vez, George consegue colocar três músicas de sua autoria em um álbum dos Beatles. "Taxman" é uma crítica aos altos impostos ingleses cobrados de pessoas com altos ganhos como os Beatles. No trecho em que George canta "Mr. Wilson" e sobre "Mr. Heath" ele refere-se especificamente a Harold Wilson (Primeiro Ministro Inglês do Partido Trabalhista) e a Edward Heath (Lìder da oposição do Partido Conservador) políticos da época. "I Want To Tell You" fala sobre a sua dificuldade em se expressar em um momento que vivia uma avalanche de pensamentos. E "Love You To", George traz mais uma vez o uso de instrumentos indianos, a tabla e a cítara e ele é o único a participar da gravação da música.
Influências das drogas
Há suposições de que músicas como "She Said, She Said", "Dr. Robert", "Got To Get You Into My Life" tenham sido escritas durante o uso de drogas.
Na música "She Said She Said", John supostamente se inspirou em sua segunda experiênica com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto") frase que Peter Fonda teria lhe dito após tomar ácido. Nela, George assume o baixo após Paul largar as gravações em decorrência de uma briga com John Lennon. Esta música, juntamente com "And Your Bird Can Sing", do mesmo álbum, constitui um dos primeiros registros do que seria conhecido posteriormente como power pop.
"Dr. Robert" fala sobre um médico que receitava anfetaminas a seus pacientes famosos. Paul reconheceria mais tarde que "Got To Get You Into My Life" falava de sua experiência com a maconha e foi feita inspirada na soul music americana com o uso de metais.
Estilo psicodélico
"Tomorrow Never Knows" uma das primeiras músicas ao estilo do emergente rock psicodélico. A música foi inspirada no livro de Timothy Leary, "O Livro Tibetano da Morte". Inicialmente se chamaria "The Void" ou "Mark I". A utilização do loop, aliado à repetição rítmica constante da bateria de Ringo, torna esta faixa como uma das ancestrais da música eletrônica no mundo.
Há ainda grandes influências psicodélicas nas músicas I'm Only Sleeping, Love You To, Doctor Robert e She Said She Said, músicas que falam sobre drogas, ou mais especificamente o LSD.
Diversidade musical
"Eleanor Rigby" é mais uma música de McCartney com arranjos orquestrados e somente com a participação de Paul (assim como foi feito em Yesterday). Iria se chamar "Miss Daisy Hawkins". Mas o nome da música foi mudado para "Eleanor Rigby", em homenagem a um túmulo que ficava perto do local onde a antiga banda de John, The Quarrymen, se apresentava. "Yellow Submarine" escrita por Paul e cantada por Ringo, tem em sua letra um tema infantil que depois seria aproveitada para dar título a um desenho animado feito pelos Beatles. Traz sons de bolhas, barulho de água e outros barulhos gravados em estúdio.
Em "And Your Bird Can Sing" os Beatles usaram solo duplo de guitarra e era uma das músicas de John que ele não gostava. Em "I'm Only Sleeping", George fez o solo de guitarra e depois tocou o som ao contrário.
Baladas clássicas
McCartney novamente escreve suas baladas. "For No One", ele escreveu para sua namorada na época (Jane Asher) e se chamaria inicialmente "What Did I Die?". E a clássica "Here, There And Everywhere" que era uma das músicas preferidas de John.
Capa do álbum
Criada pelo alemão Klaus Voormann, amigo dos Beatles desde a época em que eles foram tocar em Hamburgo. A capa traz uma ilustração feita com desenhos e colagens de fotos (feitas pelo fotográfo Robert Whitaker).
Sobre o disco
Versões inglesa e norte-americana
Como era costume à época, os discos dos Beatles eram lançados com notórias diferenças em diversas partes do mundo. O desmembramento de um álbum em vários outros, ou em álbuns e singles, sem a autorização expressa da banda, acabou por ocasionar a feitura da controvertida "capa de açougueiro" ("butch cover"), presente nas primeiras tiragens do LP norte-americano Yesterday... And Today, que nada mais era do que sobras de faixas outros discos oficiais ingleses (no caso, dos álbuns Rubber Soul, Help!, compacto We Can Work It Out/Day Tripper e do então inédito álbum Revolver).
Antecipando 3 faixas do álbum (Dr. Robert, And Your Bird Can Sing e I'm Only Sleeping), o álbum Yesterday... And Today, lançado cerca de 45 dias antes de Revolver nos Estados Unidos, fez com que estas 3 faixas fossem suprimidas da versão americana, lançada pela Capitol Records. Desta forma, o LP norte-americano, lançado em 8 de agosto de 1966
Postado há 28th April 2014 por Marco Antonio Monteiro
domingo, 19 de julho de 2015
Transformer...
Com transformer Lou Reed atravessava um período inusitado em sua carreira, afinal pela primeira vez conhecia o sucesso comercial. E graças a “Walk On The Wild Side” e a David Bowie, que conseguira fazer o ano de 1972 extremamente positivo para sua carreira: além do sucesso com Ziggy Stardust, Bowie tinha realizado o sonho de produzir Lou e estava dando uma mão em um novo disco dos Stooges.
E o sucesso foi facilmente percebido: Transformer lhe trouxe prestígio comercial e a possibilidade de ganhar mais fama e dinheiro nos anos seguintes.
Vida profissional caminhando de vento em popa; já a pessoal, nem tanto. Lou e sua esposa Bettye não se suportavam mais. Bettye dizia que não sabia como conseguiu casar com um homem tão mau, mentiroso e maníaco. Lou a achava tediosa e burra e lembra de quando ela tentou o suicídio. “Durante uma briga nossa em um hotel, ela pegou uma navalha e ficou me olhando com um olhar assassino. Mas tudo que fez foi cortar os pulsos e voou sangue por todo o lado. Por causa disso, precisei deixar alguém tomando conta dela pelos próximos dias.”
O ano de 1972 Lou Reed ficou sendo um dos mais bem sucedidos artistas na parada de sucesso e um dos que mais arrecadava. “Walk On the Wild Side” foi considerada a canção do ano de 1972 e a gravadora e os fãs esperavam que ele pudesse fazer algo como superior que o disco Transformer. Porém isso nunca mais ocorreu.
Lista de faixas
Todas as faixas foram compostas por Lou Reed.
Lado A
N.º Título Duração
1. "Vicious" 2:58
2. "Andy's Chest" 3:20
3. "Perfect Day" 3:46
4. "Hangin' 'Round" 3:35
5. "Walk on the Wild Side" 4:15
Lado B
N.º Título Duração
1. "Make Up" 3:00
2. "Satellite of Love" 3:42
3. "Wagon Wheel" 3:19
4. "New York Telephone Conversation" 1:33
5. "I'm So Free" 3:09
6. "Goodnight Ladies" 5:33
Recepção
Em 1997, Transformer foi nomeado o 44º melhor álbum de de todos os tempos em uma pesquisa musical do Millennium realizado no Reino Unido pela HMV Group, Canal 4, The Guardian e Classic FM. Transformer também está em 55º na lista da NME dos "Melhores álbuns de todos os tempos". Em 2003, o álbum ficou em 194º na lista da revista Rolling Stone dos "500 maiores álbuns de todos os tempos". Está também na lista da revista Q dos "100 maiores álbuns de todos os tempos".
Músicos
Lou Reed - guitarra, teclados, vocais
Herbie Flowers - baixo, contrabaixo, tuba em "Goodnight Ladies" e "Make Up"
Mick Ronson - guitarra, piano, flauta, vocais, arranjos de cordas*
John Halsey - bateria
Ronnie Ross - saxofone barítono em "Goodnight Ladies"
Músicos Adicionais
David Bowie - backing vocals
Thunderthighs - vocal de apoio
Barry DeSouza - bateria
Ritchie Dharma - bateria
Klaus Voormann - baixo
Ken Scott - engenheiro
Fonte: Wikipedia e Mofo
sexta-feira, 17 de julho de 2015
O Espírito RoNca RoNca...
Ronca Ronca é um programa de rádio, apresentado pelo DJ e fotógrafo Mauricio Valladares, toda terça-feira, de 22hs à meia-noite, no site www.roncaronca.com.br
O programa já foi transmitido em diversas rádios e com nomes diversos, nas extintas Rádios Fluminense (atual BandNews FM, o programa se chamava Ronca Tripa), Panorama, Globo FM (atual CBN, o programa se chamava Radiola), Imprensa (atual Mix FM, já com o nome Ronca Ronca), Rádio Cidade e Oi FM. Seu repertório privilegia a musica popular contemporânea de virtualmente todas as tendências, indo do rock ao eletrônico, do reggae ao samba. Seu formato de apresentação é típico das rádios AM, com muita participação do público (atualmente por e-mails) e conversa descontraída.
Junto a isso surgiu em 1992, a festa Ronca Ronca, que devido ao grande sucesso se transformou em uma das melhores festas na noite carioca. De lá até os dias atuais, o evento sempre estrela as noites das principais casas noturnas da cidade. Basicamente, o repertório é voltado para o rock and roll, porém, sempre traz hits de outros ritmos para surpreender o público. Quem der um pulo por lá vai ouvir de Elvis Costello a Arctic Monkeys e de Nina Simone a Canastra e de Who a Miles Davis.
Fonte:Internet
O programa já foi transmitido em diversas rádios e com nomes diversos, nas extintas Rádios Fluminense (atual BandNews FM, o programa se chamava Ronca Tripa), Panorama, Globo FM (atual CBN, o programa se chamava Radiola), Imprensa (atual Mix FM, já com o nome Ronca Ronca), Rádio Cidade e Oi FM. Seu repertório privilegia a musica popular contemporânea de virtualmente todas as tendências, indo do rock ao eletrônico, do reggae ao samba. Seu formato de apresentação é típico das rádios AM, com muita participação do público (atualmente por e-mails) e conversa descontraída.
Junto a isso surgiu em 1992, a festa Ronca Ronca, que devido ao grande sucesso se transformou em uma das melhores festas na noite carioca. De lá até os dias atuais, o evento sempre estrela as noites das principais casas noturnas da cidade. Basicamente, o repertório é voltado para o rock and roll, porém, sempre traz hits de outros ritmos para surpreender o público. Quem der um pulo por lá vai ouvir de Elvis Costello a Arctic Monkeys e de Nina Simone a Canastra e de Who a Miles Davis.
Fonte:Internet
sexta-feira, 10 de julho de 2015
MAIS EDUCAÇÃO E MENOS REPRESSÃO
As 18 Razões CONTRA a Redução da Maioridade Penal
1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.
2°. Porque a lei já existe. Resta ser cumprida!
O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!
3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%
Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.
4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas.
O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.
5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência.
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.
6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial
Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.
7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado.
A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.
8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção.
Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa!
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.
10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir.
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.
11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude
O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.
12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência
Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.
13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável!!
A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.
14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime
Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.
15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais
Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.
16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos
O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.
17°. Porque o Brasil está dentro dos padrões internacionais.
São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.
18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução.
O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.
1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.
2°. Porque a lei já existe. Resta ser cumprida!
O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!
3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%
Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.
4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas.
O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.
5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência.
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.
6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial
Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.
7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado.
A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.
8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção.
Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa!
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.
10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir.
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.
11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude
O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.
12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência
Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.
13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável!!
A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.
14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime
Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.
15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais
Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.
16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos
O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.
17°. Porque o Brasil está dentro dos padrões internacionais.
São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.
18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução.
O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Led Zeppelin II
Led Zeppelin II é o segundo álbum de estúdio da banda britânica de rock Led Zeppelin, lançado em 22 de outubro de 1969 pela Atlantic Records. As sessões de produção e gravação ocorreram em diversos locais do Reino Unido e América do Norte, entre janeiro e agosto de 1969. A produção foi inteiramente creditada ao guitarrista e compositor Jimmy Page. Foi o primeiro álbum do Led Zeppellin a utilizar as técnicas do engenheiro e produtor de som Eddie Kramer.
Em Led Zeppelin II os temas apresentados nas letras do álbum anterior foram mais elaborados, fazendo com que esse trabalho tenha se tornado mais influente e amplamente aclamado que o seu antecessor. Com elementos de blues e da música folk, mostra também a evolução do estilo musical da banda, a partir do material proveniente dessas fontes, associado à sonoridade dos riffs de guitarra. É considerado o álbum mais pesado da banda.
Após o seu lançamento, Led Zeppelin II teve um bom desempenho nas vendas, foi o primeiro álbum da banda a chegar à primeira posição nas paradas do Reino Unido e nos Estados Unidos. Em 1970, o diretor de arte David Juniper, autor da capa do álbum, foi indicado para o Grammy Award na categoria de Melhor Capa. Em 15 de novembro de 1999, o disco recebeu doze certificações de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA) por vendas superiores a 12 milhões de cópias. Desde seu lançamento, o disco tem sido reconhecido por escritores e críticos musicais como um dos maiores
Em Led Zeppelin II os temas apresentados nas letras do álbum anterior foram mais elaborados, fazendo com que esse trabalho tenha se tornado mais influente e amplamente aclamado que o seu antecessor. Com elementos de blues e da música folk, mostra também a evolução do estilo musical da banda, a partir do material proveniente dessas fontes, associado à sonoridade dos riffs de guitarra. É considerado o álbum mais pesado da banda.
Após o seu lançamento, Led Zeppelin II teve um bom desempenho nas vendas, foi o primeiro álbum da banda a chegar à primeira posição nas paradas do Reino Unido e nos Estados Unidos. Em 1970, o diretor de arte David Juniper, autor da capa do álbum, foi indicado para o Grammy Award na categoria de Melhor Capa. Em 15 de novembro de 1999, o disco recebeu doze certificações de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA) por vendas superiores a 12 milhões de cópias. Desde seu lançamento, o disco tem sido reconhecido por escritores e críticos musicais como um dos maiores
Concepção e gravação
O guitarrista Jimmy Page foi o principal desenvolvedor e produtor do álbum.
Em 1969 a banda estava em um período bastante agitado de sua carreira. Entre janeiro e agosto foram completadas quatro turnês pela Europa e três pelos Estados Unidos. Led Zeppelin II foi concebido durante essa excursão. Nos intervalos de algumas horas entre os concertos, alguns estúdios próximo aos locais de apresentação eram reservados e as gravações feitas, resultando em um som espontâneo por urgência e necessidade. O baixista John Paul Jones recordou mais tarde que "muitos dos rápidos e furiosos riffs que Page executa nesse álbum haviam surgido no palco, durante uma longa improvisação que ele fazia durante a canção "Dazed and Confused". Depois dos shows, os membros da banda tentavam recordar os melhores trechos que eram imediatamente gravados em algum estúdio nas proximidades". Também sobre o processo de criação, Page afirmou: "Em outras palavras, parte do material surgiu enquanto reuníamos novos sons e ensaiávamos para a próxima turnê".
Cada canção foi gravada, mixada e produzida separadamente, em vários estúdios no Reino Unido e América do Norte, alguns dos quais eram tecnicamente pobres. Um estúdio em Vancouver, foi creditado como "uma cabana", tinha um equipamento de oito canais que nem mesmo possuía conexões apropriadas para fones de ouvido. As sessões de gravação do álbum ocorreram nos estúdios Olympic e Morgan em Londres, Inglaterra; estúdios A&M, Quantum, Sunset, Mirror Sound e Mystic em Los Angeles, Califórnia; Ardent Studios, em Memphis, Tennessee; estúdios A&R, Juggy Sound, Groove e Mayfair em Nova Iorque, além da "cabana", em Vancouver. Sobre o processo de composição e gravação, Robert Plant, vocalista do grupo, mais tarde afirmou: "Foi realmente uma loucura. Compúnhamos em quartos de hotel, gravávamos a faixa de ritmo em Londres, adicionávamos os vocais em Nova Iorque, a gaita em Vancouver e, por fim, fazíamos a mixagem em Nova Iorque". Além das gravações iniciais, também foi feita durante a turnê a superposição das harmonias de "Thank You", "The Lemon Song" e "Moby Dick", bem como a mixagem de "Whole Lotta Love" e "Heartbreaker" A produção foi inteiramente creditada a Jimmy Page, embora este tenha sido o primeiro álbum da banda a utilizar as habilidades e técnicas de gravação do engenheiro Eddie Kramer, cujo trabalho anterior com Jimi Hendrix havia impressionado os membros da banda, especialmente Page. O especialista em Led Zeppelin, Dave Lewis, escreveu sobre a produção do disco, afirmando "que o álbum tornou-se um triunfo, particularmente por uma qualidade de produção que ainda hoje soa fresca, que não deve pouco a grande comunhão de Page e Kramer na sala de controle". Esta parceria fica clara na seção central da faixa "Whole Lotta Love". Kramer mais tarde comentou: "O famoso trecho de Whole Lotta Love, onde acontece de tudo, é o resultado que Jimmy e eu obtivemos ao experimentar absolutamente todos os botões do pequeno console de mixagem".
Em entrevista posterior, Kramer atribuiu a Page grande parte do crédito pelo som obtido, apesar das condições inconsistentes em que foi gravado: "Nós fizemos o álbum pouco a pouco. Editamos algumas das faixas nos estúdios mais bizarros possíveis, totalmente obscuros. Estúdios baratos. Mas, no fim, o som ficou bom demais! [Led] Zeppelin II tem essa unidade sonora porque havia um cara no comando, o senhor Page". Kramer e Page passaram dois dias mixando o álbum nos estúdios A&R.
O guitarrista Jimmy Page foi o principal desenvolvedor e produtor do álbum.
Em 1969 a banda estava em um período bastante agitado de sua carreira. Entre janeiro e agosto foram completadas quatro turnês pela Europa e três pelos Estados Unidos. Led Zeppelin II foi concebido durante essa excursão. Nos intervalos de algumas horas entre os concertos, alguns estúdios próximo aos locais de apresentação eram reservados e as gravações feitas, resultando em um som espontâneo por urgência e necessidade. O baixista John Paul Jones recordou mais tarde que "muitos dos rápidos e furiosos riffs que Page executa nesse álbum haviam surgido no palco, durante uma longa improvisação que ele fazia durante a canção "Dazed and Confused". Depois dos shows, os membros da banda tentavam recordar os melhores trechos que eram imediatamente gravados em algum estúdio nas proximidades". Também sobre o processo de criação, Page afirmou: "Em outras palavras, parte do material surgiu enquanto reuníamos novos sons e ensaiávamos para a próxima turnê".
Cada canção foi gravada, mixada e produzida separadamente, em vários estúdios no Reino Unido e América do Norte, alguns dos quais eram tecnicamente pobres. Um estúdio em Vancouver, foi creditado como "uma cabana", tinha um equipamento de oito canais que nem mesmo possuía conexões apropriadas para fones de ouvido. As sessões de gravação do álbum ocorreram nos estúdios Olympic e Morgan em Londres, Inglaterra; estúdios A&M, Quantum, Sunset, Mirror Sound e Mystic em Los Angeles, Califórnia; Ardent Studios, em Memphis, Tennessee; estúdios A&R, Juggy Sound, Groove e Mayfair em Nova Iorque, além da "cabana", em Vancouver. Sobre o processo de composição e gravação, Robert Plant, vocalista do grupo, mais tarde afirmou: "Foi realmente uma loucura. Compúnhamos em quartos de hotel, gravávamos a faixa de ritmo em Londres, adicionávamos os vocais em Nova Iorque, a gaita em Vancouver e, por fim, fazíamos a mixagem em Nova Iorque". Além das gravações iniciais, também foi feita durante a turnê a superposição das harmonias de "Thank You", "The Lemon Song" e "Moby Dick", bem como a mixagem de "Whole Lotta Love" e "Heartbreaker" A produção foi inteiramente creditada a Jimmy Page, embora este tenha sido o primeiro álbum da banda a utilizar as habilidades e técnicas de gravação do engenheiro Eddie Kramer, cujo trabalho anterior com Jimi Hendrix havia impressionado os membros da banda, especialmente Page. O especialista em Led Zeppelin, Dave Lewis, escreveu sobre a produção do disco, afirmando "que o álbum tornou-se um triunfo, particularmente por uma qualidade de produção que ainda hoje soa fresca, que não deve pouco a grande comunhão de Page e Kramer na sala de controle". Esta parceria fica clara na seção central da faixa "Whole Lotta Love". Kramer mais tarde comentou: "O famoso trecho de Whole Lotta Love, onde acontece de tudo, é o resultado que Jimmy e eu obtivemos ao experimentar absolutamente todos os botões do pequeno console de mixagem".
Em entrevista posterior, Kramer atribuiu a Page grande parte do crédito pelo som obtido, apesar das condições inconsistentes em que foi gravado: "Nós fizemos o álbum pouco a pouco. Editamos algumas das faixas nos estúdios mais bizarros possíveis, totalmente obscuros. Estúdios baratos. Mas, no fim, o som ficou bom demais! [Led] Zeppelin II tem essa unidade sonora porque havia um cara no comando, o senhor Page". Kramer e Page passaram dois dias mixando o álbum nos estúdios A&R.
Composição
Apesar de Jimmy Page ter fornecido camadas posteriores de overdubs de guitarra, devido ao curto espaço de tempo das gravações, as faixas finalizadas refletem o som áspero da banda e sua capacidade de tocar ao vivo. Led Zeppelin II é notável por apresentar um desenvolvimento maior nos temas estabelecidos nas letras de Robert Plant no álbum anterior, criando uma obra que acabou sendo mais amplamente aclamada e sem dúvida mais influente. Com sua ambientação misteriosa, "Ramble On" ajudou a desenvolver a associação do hard rock com temas de fantasia. Essa associação já havia aparecido no rock psicodélico surgido na mesma época e também deriva do interesse pessoal de Plant nos escritos de J. R. R. Tolkien.7 Esse caminho musical chegaria a seu extremo mais tarde, em Led Zeppelin IV, influenciando muitas bandas a adotarem um caminho semelhante. A temática sexual também tem destaque. As letras de "Whole Lotta Love" e "The Lemon Song" insinuam metaforicamente o ato sexual e a masturbação. Em uma entrevista posterior, Plant observou que o disco era muito viril, composto e gravado entre quartos de hotel e encontros com groupies e, embora apresentasse influências do blues, tinha uma abordagem mais carnal e extravagante. Segundo ele, esse era o álbum que definiria se o grupo vinha para ficar e se conseguiria estimular o público.
Algumas canções de Led Zeppelin II também apresentam experimentações de outros estilos e abordagens musicais, como nas alternâncias entre suave e forte em "What Is and What Should Never Be" e "Ramble On" (que contou com Page na guitarra acústica), ou a balada com influências pop "Thank you". Por outro lado, o número instrumental "Moby Dick" apresenta um longo solo de bateria por John Bonham, que durante as performances e concertos do Led Zeppelin era muito estendido chegando às vezes a cerca de meia hora. "Bring It On Home" possuía a introdução da canção homônima do bluesman Sonny Boy Williamson II, entretanto, o restante da canção era uma composição original de Page e Plant.
A contribuição de Page para este álbum foi significativa. Seu solo de guitarra em "Heartbreaker" foi imitado por muitos guitarristas de rock mais jovens e é um bom exemplo da intensa influência musical da banda. Led Zeppelin II é o primeiro álbum a apresentar Page tocando uma Gibson Les Paul 1959, a guitarra que ele ajudou a popularizar. Sua gravação inovadora e os efeitos de microfone na captação da bateria em faixas como "Ramble On" e "Whole Lotta Love" também demonstraram sua considerável habilidade, engenho e originalidade como produtor. A revista Rolling Stone mais tarde citaria o riff de Page na última canção do álbum como "um dos riffs de guitarra mais emocionantes do rock and roll".John Paul Jones discutiu posteriormente as contribuições de Page:
Algumas canções de Led Zeppelin II também apresentam experimentações de outros estilos e abordagens musicais, como nas alternâncias entre suave e forte em "What Is and What Should Never Be" e "Ramble On" (que contou com Page na guitarra acústica), ou a balada com influências pop "Thank you". Por outro lado, o número instrumental "Moby Dick" apresenta um longo solo de bateria por John Bonham, que durante as performances e concertos do Led Zeppelin era muito estendido chegando às vezes a cerca de meia hora. "Bring It On Home" possuía a introdução da canção homônima do bluesman Sonny Boy Williamson II, entretanto, o restante da canção era uma composição original de Page e Plant.
A contribuição de Page para este álbum foi significativa. Seu solo de guitarra em "Heartbreaker" foi imitado por muitos guitarristas de rock mais jovens e é um bom exemplo da intensa influência musical da banda. Led Zeppelin II é o primeiro álbum a apresentar Page tocando uma Gibson Les Paul 1959, a guitarra que ele ajudou a popularizar. Sua gravação inovadora e os efeitos de microfone na captação da bateria em faixas como "Ramble On" e "Whole Lotta Love" também demonstraram sua considerável habilidade, engenho e originalidade como produtor. A revista Rolling Stone mais tarde citaria o riff de Page na última canção do álbum como "um dos riffs de guitarra mais emocionantes do rock and roll".John Paul Jones discutiu posteriormente as contribuições de Page:
“ Jimmy começou a produzir por conta própria em "Whole Lotta Love". Aquele efeito do eco invertido. Muitas das técnicas de microfone eram pura inspiração. Todo mundo pensa que ele entra no estúdio com amplificadores enormes, mas não. Ele leva apenas um pequeno amplificador e simplesmente usa muito bem os microfones, assim ele se encaixa em uma imagem sonora. ”
O material do disco também marcou um aperfeiçoamento da abordagem vocal de Plant,1 e sinalizou seu surgimento como um compositor sério. O nome de Plant tinha ficado de fora nos créditos de composição do primeiro álbum do grupo, por limitações contratuais resultantes de sua associação prévia com a CBS Records, como artista solo. Sua influência em faixas como "What Is and What Should Never Be" e "Ramble On" apontavam para o futuro musical da banda.7 Plant comentou que foi apenas durante as sessões para o Led Zeppelin II que ele começou a sentir-se em casa como vocalista no estúdio com o Led Zeppelin. Em uma entrevista de 2008 para Uncut, ele afirmou: "Durante o Led Zep I, pensei em deixar a banda. Não me sentia bem pois havia muita pressão sobre mim a nível vocal - o que continuou durante toda a história com o Led Zeppelin. Sentia-me nervoso, e só comecei a realmente curtir na altura do Led Zep II".
Capa
A capa do álbum veio de um poster de David Juniper, a quem a banda pediu simplesmente que trouxesse uma ideia "interessante". Seu projeto foi baseado em uma fotografia da Divisão Jagdgeschwader (Esquadrão de Combate nº 1) da Força Aérea Alemã, o famoso "Circo Voador" liderado por Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho durante a Primeira Guerra Mundial. Depois que a foto foi matizada, os rostos dos quatro integrantes da banda foram retocados a partir de uma fotografia de publicidade de 1969. Também foram incluídos os rostos do empresário da banda, Peter Grant, e de Richard Cole. A mulher na foto é Glynis Johns, a atriz que interpretou a mãe de Mary Poppins. A presença dela na foto é um trocadilho óbvio sobre o nome do engenheiro de gravação Glyn Johns. Também foi representado um amigo de Andy Warhol (possivelmente Mary Woronov) e o astronauta Neil Armstrong. Ao contrário da crença popular, o guitarrista Blind Willie Johnson não é destaque na capa do álbum; só se conhece uma foto de Johnson e a face não corresponde àquela mostrada nela. A capa também apresenta o esboço de um Zeppelin sobre um fundo marrom, o que deu ao álbum seu apelido de "Bombardeiro Marrom".
Lançamento e recepção
O álbum foi lançado em 22 de outubro de 1969, pela Atlantic Records, e teve uma vendagem antecipada com mais de 400 mil cópias comercializadas. A campanha publicitária foi construída em torno dos slogans "Led Zeppelin - A única maneira de voar." e "Led Zeppelin II - Voando agora".7 Led Zeppelin II foi o primeiro álbum da banda a atingir o número 1 nos Estados Unidos onde permaneceu por sete semanas e bateu duas vezes Abbey Road (1969) dos Beatles. Em abril de 1970, havia registrado três milhões de vendas nos Estados Unidos, enquanto na Grã-Bretanha se manteve por 138 semanas na parada de LPs, subindo para o primeiro lugar em fevereiro de 1970.
O álbum também rendeu um dos maiores sucessos do Led Zeppelin com a faixa "Whole Lotta Love". Esta canção chegou ao número 4 na Billboard Hot 100 em janeiro de 1970, após a Atlantic ir contra a vontade do grupo, lançando uma versão em single mais curta em 45 rpm. A música do lado B, "Living Loving Maid (She's Just a Woman)", também atingiu a 65° posição na mesma parada, em abril de 1970. O álbum ajudou a estabelecer o Led Zeppelin como uma atração internacional de concertos, já que no ano seguinte, o grupo continuou as turnês, inicialmente se apresentando em clubes e salões de bailes, em seguida em auditórios maiores e finalmente em estádios, à medida que sua popularidade crescia.
Em 1970, o diretor de arte David Juniper foi indicado para um Grammy Award na categoria de Melhor Capa de Álbum por Led Zeppelin II. Em 10 de novembro de 1969, o álbum recebeu o disco de ouro da Recording Industry Association of America (RIAA) e em 1990 foi certificado com cinco discos de platina por mais de cinco milhões de cópias comercializadas. Até 14 de novembro de 1999, Led Zeppelin II havia vendido 12 milhões de cópias e foi novamente certificado com doze discos de platina pela Associação da Indústria de Gravação da América.
Marcos A. M. Cruz, do website brasileiro Whiplash.net escreveu que este é "provavelmente o trabalho mais "heavy" da banda", e que o disco abre com o riff ameaçador de "Whole Lotta Love" - surrupiada de "You Need Love" do repertório do bluesman Willie Dixon", ele também avaliou que "What Is And What Should Never Be", é uma canção típica do Led Zeppelin, pois alterna momentos suaves com intervenções "pauleiras". Chris Jones, da BBC Music, descreveu que "este é o som de uma banda que tem sua última grande disputa com o gênero que lhes deu origem: o blues", ele menciona ainda que "The Lemon Song" é "uma grande demonstração de como, ao vivo, o Zeppelin funciona em conjunto como ninguem mais, tornando impossível qualquer resistência."
O álbum também rendeu um dos maiores sucessos do Led Zeppelin com a faixa "Whole Lotta Love". Esta canção chegou ao número 4 na Billboard Hot 100 em janeiro de 1970, após a Atlantic ir contra a vontade do grupo, lançando uma versão em single mais curta em 45 rpm. A música do lado B, "Living Loving Maid (She's Just a Woman)", também atingiu a 65° posição na mesma parada, em abril de 1970. O álbum ajudou a estabelecer o Led Zeppelin como uma atração internacional de concertos, já que no ano seguinte, o grupo continuou as turnês, inicialmente se apresentando em clubes e salões de bailes, em seguida em auditórios maiores e finalmente em estádios, à medida que sua popularidade crescia.
Em 1970, o diretor de arte David Juniper foi indicado para um Grammy Award na categoria de Melhor Capa de Álbum por Led Zeppelin II. Em 10 de novembro de 1969, o álbum recebeu o disco de ouro da Recording Industry Association of America (RIAA) e em 1990 foi certificado com cinco discos de platina por mais de cinco milhões de cópias comercializadas. Até 14 de novembro de 1999, Led Zeppelin II havia vendido 12 milhões de cópias e foi novamente certificado com doze discos de platina pela Associação da Indústria de Gravação da América.
Marcos A. M. Cruz, do website brasileiro Whiplash.net escreveu que este é "provavelmente o trabalho mais "heavy" da banda", e que o disco abre com o riff ameaçador de "Whole Lotta Love" - surrupiada de "You Need Love" do repertório do bluesman Willie Dixon", ele também avaliou que "What Is And What Should Never Be", é uma canção típica do Led Zeppelin, pois alterna momentos suaves com intervenções "pauleiras". Chris Jones, da BBC Music, descreveu que "este é o som de uma banda que tem sua última grande disputa com o gênero que lhes deu origem: o blues", ele menciona ainda que "The Lemon Song" é "uma grande demonstração de como, ao vivo, o Zeppelin funciona em conjunto como ninguem mais, tornando impossível qualquer resistência."
Promoção
Para promover o álbum, o Led Zeppelin deu início a uma turnê que se estendeu pela Europa e América do Norte. A banda realizou diversos shows entre 7 de janeiro de 1970 e 21 de dezembro de 1971. O Led Zeppelin iniciou sua turnê pela Europa, com apresentações no Reino Unido, Escócia, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Suíça e Áustria. Ela teve início em Birmingham, Inglaterra, e os concertos realizados nos Estados Unidos iniciaram-se em março de 1970, em Dallas, Texas. Um concerto da turnê, em Edimburgo, inicialmente marcado para 7 de fevereiro, foi adiado por dez dias devido a ferimentos faciais sofridos pelo vocalista Robert Plant, decorrentes de um pequeno acidente de carro. A não ser por um dos concertos, não houve bandas de apoio nessa turnê. Esta seria uma tendência que se manteria em shows posteriores do Led Zeppelin.
Entre outros, a banda realizou no dia 9 de janeiro de 1970, no Royal Albert Hall, em Londres, um concerto onde apresentou as canções dos dois primeiros álbuns de estúdio da banda, incluindo medleys de Page e Plant em "Boogie Chillen'" de John Lee Hooker e "Bottle Up and Go" de Tommy McClennan. Jimmy Page confessou após o concerto que todos os membros da banda estavam nervosos pois John Lennon, Eric Clapton e Jeff Beck haviam comprado ingressos. Esse show foi filmado e, em 2003, as imagens foram incluídas no DVD duplo ao vivo Led Zeppelin, que continha mais de cinco horas de apresentações inéditas do grupo, abrangendo os anos de 1969 a 1979. Entre os extras do DVD estão algumas entrevistas, clips e canções do disco, como "What Is and What Should Never Be" e "Ramble On".
Legado
Led Zeppelin II foi citado por críticos musicais como um modelo a ser seguido para futuras bandas de heavy metal. Músicas derivadas do blues como "Whole Lotta Love", "Heartbreaker", "The Lemon Song", "Moby Dick" e "Bring It On Home" foram vistas como canções que representam os padrões do gênero, onde os riffs de guitarra (e não os refrões ou melodias vocais) definem a canção e fornecem o gancho principal. Esse tipo de ênfase nos arranjos era, naquele momento, atípica na música popular. O solo de guitarra de Page em "Heartbreaker", que apresentava sequências rápidas de dedilhadas (tapping) executadas apenas com a mão esquerda, foi uma grande inspiração para o trabalho posterior de solistas de metal e "shredders", como Eddie Van Halen e Steve Vai. Como tal, o álbum é geralmente considerado como muito influente no desenvolvimento do rock, sendo um precursor inicial do heavy metal, e inspirando uma série de outros grupos de rock, incluindo Aerosmith, Iron Maiden e Guns N' Roses.10 43
Desde seu lançamento, Led Zeppelin II tem sido reconhecido por muitos críticos e escritores de música como um dos álbuns mais influentes do rock e ganhou vários prêmios de publicações musicais, muitas vezes sendo colocado no ou perto do topo em listas de "melhores álbuns". Em 1989, a revista Spin classificou o álbum em 5° lugar em sua lista dos 25 Maiores Álbuns de Todos os Tempos. Em 2000, a revista Q colocou Led Zeppelin II na 37ª posição em sua lista dos 100 Maiores Álbuns Britânicos de Sempre. Em 2003, o álbum foi classificado na 75° posição na lista dos 500 melhores álbuns de sempre da revista Rolling Stone. Em 2011, o ele foi classificado na 79ª posição em uma versão atualizada da mesma lista. Este disco foi introduzido em 2007 na 47° posição da lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Patrick Doyle, Will Hermes e diversos críticos da Rolling Stone colocaram "Ramble On" em quinto lugar na lista das 40 melhores canções do Led Zeppelin em todos os tempos, enquanto "Whole Lotta Love", o single de abertura do álbum, ficou em 46º lugar na lista das 100 melhores canções da Classic Rock.
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